- O que significa a alcunha PAYOUT? O mercado atual está favorável para a sonoridade da banda?
É um trocadilho com peiote, um cacto comumente associado à mescalina, xamanismo e psicodelia. Este nome foi escolhido por sua simplicidade e sonoridade marcantes, além de representar a temática da banda, que envolve temas psicodélicos em ambientes pós-apocalípticos.
- O seu som é de difícil identificação. Como você se enxerga na cena: Qual termo seria menos limitante pra classificar o estilo de vocês?
Quando a banda surgiu a principal proposta era tocar Metalpunk e até hoje costumo usar este termo quando preciso explicar nosso som de forma rápida. Porém, durante o processo de composição fomos incorporando elementos de diversos outros estilos, o que encaixou muito bem com a temática de nossas letras. Minhas influências passam por Black Metal dos anos 80, Heavy Metal, Speed Metal, Hard Rock… chegando até Synthwave e Post-punk. Mesmo que de forma por vezes mais discreta, há elementos de todos estes estilos e ainda outros em nossas músicas.
- “Tales from the Cactus Crypt” é um álbum magnífico, mas demorei pra entender ele. Os fãs têm falado algo similar para você neste sentido?
Ouvi poucos dizerem ter demorado a entender, mas boa parte das pessoas reage ao EP expressando o quanto suas músicas são variadas, tornando sua audição agradável e não repetitiva. Normalmente recebo comentários sobre como é importante, num primeiro contato, escutar o CD ao menos duas vezes em sequência, para se adaptar a como ele flui.
- “Make my Molotov” é maravilhosa, e pra mim um dos destaques do álbum. Qual sua real intenção com ela? Qual sua mensagem?
Essa tem uma boa influência de Motörhead e, com essa influência, traz também a intenção de ser um som com uma levada um tanto Rock ‘n’ Roll, carregando um refrão direto e marcante. A ideia do título surgiu após alguns protestos que estavam acontecendo por volta de 2020/2021 e pode ser entendida de várias formas. Numa interpretação mais literal, a letra trata do uso de coqueteis molotov durante conflitos em um mundo pós guerra nuclear. Mas, nas entrelinhas, o ouvinte também pode captar mensagens sobre liberdade e relacionamentos humanos.
- Algumas passagens de Speed Metal me chamaram a atenção. Você pesquisou sobre este nicho, para inserir no material?
O Speed Metal é um elemento motriz de nossa sonoridade que está presente em praticamente todas as músicas. Mas, creio que “pesquisar” não seria o termo certo, pois é uma característica sonora que nos acompanha desde o começo. Eu cresci ouvindo bandas como Venom, Iron Angel, Motörhead, Exciter, Running Wild, Abattoir… então é natural que eu englobe características dessas e outras bandas do gênero na hora de compor.
- “Tales from the Cactus Crypt” saiu tem algum tempo, então como vem sendo a aceitação dele na imprensa e junto ao público?
Tem tido uma aceitação boa, tanto de público quanto na imprensa. As resenhas têm sido sempre positivas e o público elogia o trabalho com frequência, inclusive perguntando a respeito de novos lançamentos. Em geral, as pessoas gostaram bastante deste EP e querem mais material do Payout.
- “Christophagy” e “Hunters on the Highway” são outros dois destaques no CD, mas imagino que não seja senso comum dentro da sua discográfica como um todo. Quais canções o público tem abraçado mais?
Além de Make my Molotov, estas também são frequentemente citadas pelo público como preferidas, principalmente Christophagy, que também tem um clipe lançado no Youtube.
Estes três sons também costumam ser destaque nas apresentações ao vivo, normalmente sendo o ápice dos shows e gerando uma resposta bastante enérgica da plateia.
- Como se deu o processo de composição e produção deste álbum?
Todo o processo de composição e gravação foi realizado em nosso estúdio próprio ao longo de 2021/2022. A mixagem ficou a meu cargo e a masterização foi feita externamente. Foi um processo longo e trabalhoso, mas o resultado valeu muito a pena.
- Um novo álbum já está nos planos? Esperamos imensamente que sim…
Já está sim. Será um Full-lenght contendo oito músicas, com ainda mais variações e elementos inéditos em relação a “Tales from the Cactus Crypt”. Atualmente, todas as músicas já estão completas e na fase final de ensaios, então devemos começar a gravação ainda neste semestre.
- Algo ficou a ser dito? Obrigado pelo tempo ao Sub Discos Blog…
Obrigado pela entrevista e pelo espaço. Ao leitor, fique atento às nossas redes sociais, pois em breve traremos novidades. Aos produtores que possam estar lendo estas palavras: estamos com agenda livre e ansiosos para tocar em novos lugares. E a todos, obrigado pela atenção e nos vemos na estrada!
Comentários
Postar um comentário