Por Rony Portela
Nota: 08.5/10.0
Peguei este "Ocean" pra escutar no momento que estou encerrando minha maratona da série "Vikings". Então, o timing não poderia ter sido mais perfeito! Acredito até que tenha sido uma coincidência absurda e, devido a isso, não tem como a minha experiência excelente na Netflix, não se transferir um pouco pra cá, rendendo algum tipo de benefício para estes caras da HOLDARK. Falando sério, seria uma trilha sonora maravilhosa, caso a banda não estivesse tão escondida aqui no interior de São Paulo.
"Ocean" traz aquele Pagan Metal primitivo, sem muito requinte, para tentar capturar o ouvinte mais "pedreiro". Aquele tipo de banger que prefere algo mais sujo, menos moderno e que provoque uma sensação que possa até fazer igual. Isso aproxima (e muito) o som da HOLDARK com o fã, mas tenha certeza que essa percepção é minha, e apenas minha. Foi até por isso que gostei tanto de "Ocean", porque ele é muito simples, e não fica buscando ser o que não é! Desta forma, não espere por nada exagerado, o que é muito bom!
A capa é bem fora da casinha, assinada por Rômulo Dias, e propõe que o ouvinte se perca imaginando o seu significado. Taí um trabalho que merece ser emoldurado e posto na parede, porque o resultado ficou absurdamente lindo! Já as músicas são mais curtas do que o que temos em bandas do nicho como Vintersorg e Manegarm, e até nisso vem o diferencial da HOLDARK. Talvez eles tenham imaginado que, ao fazer um álbum curto, mais pessoas seriam atingidas. Se foi essa a intenção, creio que podem vir a conseguir.
“Living the Dead World” é fora de série e foi a que elegi como principal destaque em "Ocean". Ela meio que tem tudo que a banda se propõe, e foi a que melhor apresentou as ideias e intenções deste quarteto! "Ocean" me agradou, pode não estar no topo da minha lista de melhores do ano, mas será lembrado!
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