Por Rony Portela
Nota: 08.5/10.0
Goiâni,a vez ou outra, nos apresenta algumas coisas bem interessantes e, é dentro deste contexto favorável que dá pra inserir o quarteto VALK. A banda aposta sua linha de escrita em um Power Metal old school, aquele feito por bandas como Stratovarius e Sonata Arctica, nas suas respectivas fases nos anos noventa. Ou seja, sem inserção de elementos mais modernos, apenas uma revisitação do que foi outrora construído pelos finlandeses.
Mesmo tendo citado os gringos, a abertura com "Lotus" traz muito do Angra, mas o dos primórdios, quando o saudoso Andre Matos liderava o projeto. Neste quesito, dá pra sentir que os caras aqui estudaram muito as nuances do estilo, e as aplicaram de maneira muito inteligente. Nada aqui soa pasteurizado ou cansativo, eu diria até que muito pelo contrário. Talvez quem já tenha cansado do Power Metal quadradinho torça o nariz, mas eu adorei saber que existem bandas que percorrem por este tipo de estrada em 2024.
A arte da capa é bem montada, mas clichê! Talvez algo que remeta a Joana D'arc, se pensarmos de uma maneira mais pé no chão e menos fantasiosa. Por outro lado, a produção é caprichada e ressalta o trabalho das seis cordas de Samuel Nobre, que se apresenta como espinha dorsal da VALK. Posso estar enganado, mas acredito que as principais ideias contidas aqui, saíram da cabeça deste cara. "Cold Stone", apenas pra citar outro exemplo, tem uma das mais belas melodias que ouvi há muito tempo, dentro deste formato "balada". Linda mesmo!
As portas estão escancaradas para a VALK e se mantiverem este tipo de maturidade, podem alcançar os corações dos fãs, não apenas aqui no país. Ótima estreia!
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