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Entrevista - Atropelo

 

- O que significa o termo ATROPELO?

[Atropelo] - Esse nome veio numa conversa entre a o Eric e a mãe dele, enquanto ele buscava o nome para o projeto. Eric: “Pow queria um nome que fosse um atropelo.” Mãe do Eric: “Pronto, Atropelo, tu acabou de achar um.”

- O som de vocês é de difícil identificação. Como vocês se enxergam: Metal seria um termo limitante?

[Atropelo] - É o chamado Crossover, onde misturamos vários estilos como Hardcore, Punk e Thrash.

- “Mentira Acima de Tudo, Ilusão Acima de Todos” é um álbum magnífico, mas demorei pra entender ele. Os fãs têm falado algo similar para vocês neste sentido?

[Atropelo] – Primeiramente muito obrigado pelo elogio. Bem, não nos recordamos de nenhum fã que tenha falado algo do tipo, talvez por que boa parte dos fãs que interagem com a gente, já sabem como é proposta e quem são os 4 caras por trás do som. Mas é bom saber também que houve essa “demora pra entender”, é sinal que o trabalho foi ouvido com atenção.

- Por qual razão optaram pelo português? Achei um pouco estranha esta escolha, sabendo que os estrangeiros vão consumir muito este trabalho.

[Atropelo] – A proposta da banda nunca foi ter letras em inglês, não que seja impossível, mas não é proposta. A Atropelo tem muita influência de bandas brasileiras que cantam em português como Ratos de Porão, D.F.C, Surra e etc, então pra nós algo que encaixa. Se os estrangeiros vão consumir muito, vão ter que fazer igual fazemos com as letras deles, traduzir kkkkk.

- Algumas passagens do Hardcore me chamaram a atenção. Vocês pesquisaram sobre este nicho especificamente, para inserirem no material de vocês?

[Atropelo] – É algo natural. Todos na bandam gostam de Hardcore, e acaba que essas passagens de Hardcore surjam nas músicas, assim como muitos trechos que tem Thrash...enfim, Crossover é isso.

- “Mentira Acima de Tudo, Ilusão Acima de Todos” saiu tem algum tempo, então como vem sendo a aceitação dele na imprensa e junto ao público?

[Atropelo] – Foi muito bem aceito, recebemos muitos feedbacks positivos. Mas claro, tem a parcela mais reaça e conservadora que acaba torcendo o nariz, o que pra nós também é ótimo, pois a ideia dos sons é cutucar a ferida, e se a carapuça serviu, o objetivo foi alcançado.

- “Patriotário” e “Antivax” são as que mais gostei, mas imagino que não seja senso comum. Quais o público tem abraçado mais nos shows?

[Atropelo] – Pelos feedbacks da galera e até mesmo pelas estatísticas das plataformas de streaming, essas são as queridinhas da galera. Patriotário foi a música mais ouvida da banda em 2024.

- Como se deu o processo de composição e produção deste álbum?

[Atropelo] – As composições nesse EP têm 2 momentos diferentes, pois “Ruina” e “Crise” já são composições quando o Eric (vocal) montou projeto solo anos atrás, que pode ser ouvido nos streamings também. Ai com a entrada dos demais (Renato, Digão e Paulo), foram feitos novos arranjos para essas mesmas músicas, durante ensaios e pré-produções. Agora “Antivax” e “Patritoário” já veio com as idéias de riffs do Digão. Trabalhamos nelas em ensaios, ajustando os trechos de bateria e vocais. Normalmente a parte de cordas o Digão e o Renato trabalham no homestudio do Digão e assim vamos lapidando.

Já a produção do álbum em si, trampo de gravação, mixagem e masterização foi no estúdio HellsPass em São Caetano do Sul/SP com o produtor Marcos Cerutti.
Horas e horas de gravação, café, cerveja, esfiha e pizzas.

- Um novo álbum já está nos planos? Esperamos imensamente que sim...

[Atropelo] – Temos musicas o suficiente pra fechar um álbum full! Claro, temos algumas músicas para acertar trechos e arranjos, mas temos muitas músicas prontas. Então podemos dizer que sim, está nos planos, mas quando deve sair já é uma pergunta difícil, pois a parte mais difícil é a grana. Mas estamos trabalhando pra isso, e mesmo que em 2025 não tenhamos um álbum full, estamos nos programando para trazer algo novo pra galera.

- Algo ficou a ser dito? Obrigado pelo tempo ao Sub Discos Blog...

[Atropelo] – Obrigado pelo espaço e pelo apoio! As bandas autorais precisam disso. Temos muitas bandas boas no cenário nacional que precisam ser ouvidas.


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