- O que significa a alcunha RADICITUS? O mercado atual está favorável para a sonoridade da banda?
R: Ah sim, o nome da banda. Essa história é bem interessante e engraçada. Nós começamos a tocar bem novos, estávamos na faixa dos 16/17 anos e naquele início da banda, ainda não tínhamos um nome definido.
Nosso baixista, o Henrique, durante os ensaios quando terminávamos uma música ele sempre dizia: “radical” de um jeito engraçado, para zoar com a gíria, e isso era muito frequente. Durante uma pausa em um dos ensaios, nós pensamos: “e se usarmos essa palavra como nome pra nossa banda, mas em outro idioma pra vermos como soa”.
Depois de muitos testes com idiomas variados, chegamos no latim, e deu “Radicitus”. Achávamos que soava muito bem e desde então, é o nome da banda.
Quanto ao mercado, nossa música tem sido muito bem recebida tanto pela crítica quando pelo público que a consome, não pensamos muito em questões mercadológicas na hora de fazer música, mas, recentemente houve um certo ressurgimento de bandas que produzem um som com nossas influências, que são o grunge misturado com o rock clássico, então, o mercado tem sido favorável e nos recebido muito bem.
- O seu som de é de difícil identificação. Como você se enxerga na cena: Qual termo seria menos limitante pra classificar o estilo de vocês?
R: Nós não somos uma banda adepta a rótulos, mas, nós nos consideramos uma banda de rock alternativo. Esse termo é muito amplo e abrange uma série de bandas que muitas vezes, não tem um som parecido, mas, para deixar mais claro: nosso som é uma mistura da lírica e do peso do grunge dos anos 90, com licks e solos oriundos do rock clássico dos anos 60 e 70.
Tem muito de Nirvana, Alice In Chains, Soundgarden, Pearl Jam, Led Zeppelin, The Rolling Stones e Cream no nosso som. Tudo isso misturado.
- “Morphing” é um álbum magnífico, mas demorei pra entender ele. Os fãs têm falado algo similar para você neste sentido?
R: Não, de forma alguma! O público tem entendido ele muito bem, ele é nosso EP de estreia e tem músicas bem diretas e cruas, nós depositamos muita energia e muito trabalho nele.
O público e a crítica especializada têm dado boas avaliações do disco como um todo, então estamos muito felizes com tudo. Ele ainda chegou em diversos países como Estados Unidos, Canadá e boa parte da Europa, isso é muito gratificante.
- “Come Inside Me” é maravilhosa, e pra mim um dos destaques no material. Qual sua real intenção com ela? Qual sua mensagem?
R: Muito obrigado primeiramente! A letra dessa música, assim como boa parte de nossas letras, aborda questões humanas, sentimentos.
Com essa música em específico, a ideia central da letra é dizer que, se você realmente quer entender como uma pessoa se sente em determinadas situações, você deve se colocar dentro dela, só assim, é possível compreender aquele momento angustiante ou de decepção pelo qual a outra pessoa está passando.
- Algumas passagens de Alternative Rock me chamaram a atenção. Você pesquisou sobre este nicho, para inserir no material?
R: Não necessariamente, nós sempre ouvimos de tudo como eu citei, nossas influências são bem diversas, e quando começamos a banda, nós tocávamos apenas covers inicialmente, e o rock alternativo sempre esteve presente em nossos repertórios. Nós sempre tocamos músicas de bandas como: Red Hot Chili Peppers, Green Day, Nirvana, Pixies, Pearl Jam etc, então, foi tranquilo explorar esse gênero e misturar ele com outras vertentes do rock que nós ouvimos.
- “Morphing” saiu tem algum tempo, então como vem sendo a aceitação dele na imprensa e junto ao público?
R: Tem sido muito boa! Ele teve uma boa circulação em grandes veículos de imprensa como no Portal Whiplash e na Revista Roadie Crew, e obteve boas notas da crítica especializada. Quanto ao público, a recepção tem sido ainda melhor! Desde que lançamos o EP em 2023, as pessoas tem frequentado nossos shows e cantado as músicas a plenos pulmões e isso é ótimo!
Nosso single de estreia, “Misery Blues”, atingiu recentemente a marca de mais de 14 mil streams no Spotify e isso é muito gratificante para nós e nos revela que estamos no caminho certo!
- “Misery Blues” e “Peer” são outros dois destaques na discografia da banda, mas imagino que não seja senso comum dentro da sua fan base como um todo. Quais canções o público tem abraçado mais?
R: Sem sombra de dúvidas, “Misery Blues” é a nossa música de maior destaque. É a que o público mais gosta e mais canta junto quando tocamos ao vivo, mas claro que temos outras que são muito apreciadas também. “Peer”, que é nosso single mais recente, teve muitos elogios por parte do nosso público que adorou a faixa, “Come Inside Me” é uma música que muita gente gosta, então, temos muitos destaques na nossa discografia.
- Como se deu o processo de composição e produção deste álbum?
R: “Morphing” foi todo gravado e produzido pelo Gerson Lima, nosso produtor, em Indaiatuba/SP, nossa cidade natal. Foi nossa primeira experiência em estúdio então nós aprendemos muito e trabalhamos demais. Foram 4 dias intensos de gravação e cerca de 2 meses de mixagem, tudo feito pelo Gerson.
Já “Peer”, também foi gravada no estúdio dele, mas recebeu a mixagem e a produção do Maurício Cajueiro. O Maurício é um produtor de Campinas que já trabalhou com grandes nomes da música nacional e internacional como: Ivan Lins, Zélia Duncan, Steve Vai, Glenn Hughes, entre outros, então pra nós foi uma honra e um grande aprendizado poder juntar esse time no estúdio.
- Um novo álbum já está nos planos? Esperamos imensamente que sim...
R: Estamos finalizando a mixagem de um novo single que irá sair agora em 2025 e temos novo material chegando também, além de já estarmos trabalhando na nossa agenda de shows para o próximo ano!
- Algo ficou a ser dito? Obrigado pelo tempo ao Sub Discos Blog...
R: Eu que agradeço o espaço e a atenção!
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