Entrevista - Adna Melan

 

- O que significa ter colocado seu nome do seu projeto solo? O mercado atual está favorável para a sonoridade da banda?

Por muito tempo busquei um nome artístico diferente e único. Acabei desistindo de todos que eu tinha em mente e, quando lancei os dois primeiros singles, utilizei simplesmente Nanda, de Fernanda, meu nome. Meses depois, tentei pensar em outro nome que, na verdade, inicialmente, seria para associar a músicas que eu escrevi, mas que tinham uma proposta diferente. A ideia foi reorganizar a ordem das letras, como um anagrama de Nanda, mas com um “n” a menos: Adna. E para trazer mais da identidade do projeto, pensei em utilizar Melan, de melancholy ou melancholia, que são algumas das minhas palavras favoritas e têm relação com o que eu senti a maior parte da minha vida. Por esse motivo, eu quis trazer esse sentimento para o projeto, no nome e também na identidade visual e sonora. E acredito que o mercado atual está favorável, pois temos bandas dentro do rock e metal gótico e alternativo com novos lançamentos e bandas novas surgindo também.

- O seu som é de difícil identificação. Como você se enxerga na cena: Qual termo seria menos limitante pra classificar o estilo de vocês?

Gosto do termo alternative por ser mais amplo, acho que esse seria o termo menos limitante. E para descrever melhor, gothic e alternative rock/ metal.

- “Lie” é um Single magnífico, mas demorei pra entender ele. Os fãs têm falado algo similar para você neste sentido?

Obrigada! Não fiquei sabendo de nada nesse sentido por parte dos fãs.

- “He Killed Me” é maravilhosa, e pra mim um dos destaques na sua discografia. Qual sua real intenção com ela? Qual sua mensagem?

Fico contente com o elogio! “He Killed Me” tem uma letra pesada, mas poética. No geral, fala sobre relações abusivas. E mais especificamente, aborda a minha relação com transtornos psicológicos, transtorno bipolar e outros transtornos e vícios que tive como consequência, metaforicamente como um relacionamento abusivo, com a utilização do pronome “he”, ou seja, “ele”, para se referir a todas essas coisas. A música conta uma história sobre como algo ruim pode parecer acolhedor no início, mas é apenas uma ilusão que passa a controlar sua vida e traz danos físicos e mentais que muitas vezes são irreparáveis.

- Algumas passagens de Alternative Rock me chamaram a atenção. Você pesquisou sobre este nicho, para inserir no material?

O gênero é uma das influências musicais, também escuto bastante, então é algo que surge de forma espontânea durante o processo de composição.

- “Lie” saiu tem algum tempo, então como vem sendo a aceitação dele na imprensa e junto ao público?

A aceitação de “Lie” tem sido boa tanto por parte do público quanto da imprensa, tem sido uma ótima experiência.

- “Melancholia” e “Lithium” são outros dois destaques na discografia da banda, mas imagino que não seja senso comum dentro da sua fan base como um todo. Quais canções o público tem abraçado mais?

“Melancholia” é uma composição que inicialmente era apenas instrumental, por isso lancei essa versão também e percebi que foi sendo usada por pessoas em vídeos no TikTok e recentemente fiquei sabendo que já tocou cerca de 90 vezes em mais de 40 rádios ao redor do mundo, o que foi uma surpresa boa para mim. Creio que acabou sendo encontrada por um público diferente. E eu diria que “He Killed Me” e “Lie” são singles que tiveram uma das melhores recepções.

- Como se deu o processo de composição e produção deste Single?

Como a maior parte do que escrevo, a letra simplesmente foi surgindo junto com a melodia. Alguns meses depois, comecei a pensar em mais detalhes para a música e compus a harmonia no piano e na guitarra. Gravei uma demo com todas essas ideias de harmonia, vocais e outros detalhes que eu fui desenvolvendo aos poucos e enviei para o produtor que já tinha trabalhado comigo em lançamentos anteriores. Ele estruturou a música em seu estúdio, aperfeiçoando minha composição e criando novas partes de instrumentos. Nos reunimos para resolver todos os detalhes do single para, então, realizar a gravação final dos instrumentos e voz.

- Um novo álbum já está nos planos? Esperamos imensamente que sim...

Agradeço ao apoio. Ainda não há previsão para novos lançamentos, mas alguns singles já estão em processo criativo inicial.

- Algo ficou a ser dito? Obrigado pelo tempo ao Sub Discos Blog...

Gostaria apenas de agradecer a oportunidade de falar um pouco mais sobre meu projeto. Obrigada!