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Creepy Metal Show-Arquivos do medo#35-Personagens Aterrorizantes (#Bônus) Conto, Texto e Arte de Maria Ferreira Dutra

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Freddy Krueger

A Hora do Pesadelo (1984) Diretor: Wes Craven

O famoso Lorde dos Pesadelos não ganhou esse apelido á toà. Criado em 1984, Freddy Krueger conquistou o posto de um dos personagens mais amedrontadores do cinema, graças ao seu visual e a sua personalidade sádica. Fruto de um estrupo coletivo em uma freira, Freddy foi adotado quando pequeno e apanhava muito do padrasto, que abusava do garoto.


Depois de matar o padrasto, ele se casa e começa a trabalhar.

Entretanto, a personalidade doentia de Freddy continua a flor da pele, matando crianças secretamente. Quando a mulher descobre os assassinatos, ela é morta pelo marido. A população da cidade se  revolta com o caso e arma uma emboscada para Freddy, jogando gasolina nele  e queimando-o vivo.



Neste momento, Freddy invoca os demônios dos sonhos, oferece sua alma e implora por imortalidade. O pedido é aceito, e Freddy se torna o assassino que poderá entrar nos mais secretos sonhos e matar aqueles que desejar por conta do fogo, a pele do personagem é completamente desfigurada. O grande segredo do sucesso de Freddy Krueger é a  possibilidade de mexer com a psique humana, principalmente com os sonhos, algo que está totalmente fora do nosso controle. O personagem fez tanto sucesso que o filme A Hora do Pesadelo ganhou seis sequências e arrecadou 25,5 milhões de dólares logo em sua primeira versão. 


Por Maria  Ferreira Dutra


Noite de natal, nove e meia da noite. Os cachorros latiam muito e pulavam, incomodando a família Duartes.
Solange, mãe do Thiago não gostava de ver animais agitados, dizia que eram sensitivos e que talvez tivesse alguém lá no portão. 



Mariem a responde que a campainha estava funcionando e que ela não esperava mais ninguém. Mesmo assim, ela vai até o quintal vê o que estava acontecendo. Seus   cachorros correm ao seu encontro e voltam para o portão continuando a latir.



Mariem abre o portão, vê alguém sentado na calçada e pergunta se está tudo bem. A pessoa de cabeça baixa, rosto escondido por um capuz velho, responde que queria algo para comer. 

Mariem pede um minuto, fecha o portão e volta para dentro de casa para preparar um prato de comida. Ela também pega uma caixa de suco. 

Mariem chama pelos cachorros dela, mas eles não a atendem. Ela vai sozinha entregar a refeição.

Ao abrir o portão ela se surpreende. O pobre homem não se encontrava mais ali. Apenas um cachorro dormia em seu lugar. Ela resolve deixar o prato de comida para o cão e entra para continuar a comemoração natalina com a família.

Enquanto todos conversavam e comiam houve uma queda de luz. Ninguém entendia o motivo da árvore de natal estar acesa. Apenas dona Solange não achava estranho. Ela dizia que isso já havia acontecido na casa dela há vinte nove anos, que as coisas só estavam se repetindo. 

Dona Solange toma um gole de vinho e vira pro neto e diz para ele não se preocupar e nem ficar com medo, mas a hora estava chegando.

Foram treze minutos sem luz, mas tudo ficou bem. A campainha toca, Juliano vai atender e um homem entrega o prato de comida vazio.    Juliano deseja um Feliz Natal e o homem sorri dizendo que não gostava de natal, mas se divertia todos os anos pois acabava ceando na casa do seu escolhido.

Juliano a pergunta se aquilo era um convite, mas não teve resposta. Assim ele se vira e vai embora, mas o homem dá três toques no portão e Juliano abre novamente, o homem tira um objeto do bolso e o entrega. Era um pequeno pinheiro. O homem diz para entregar aquele presente a criança da casa pois assim seu corpo se abriria e receberia toda energia que "ele" precisava. Juliano o agradece e vai embora.

Juliano volta, Mariem pergunta quem era na campainha, Juliano responde que era o senhor o qual ela deu o prato de comida. Mariem pergunta se havia um cachorro junto a ele e seu marido responde que não. Mariem diz ter ficado feliz por ter dado de comer ao necessitado.

Juliano volta a sala e não entrega o pinheirinho ao filho. O homem lá fora recebe o sinal de que o presente não tinha sido entregue e fica muito irritado pois os pais nunca entregam seu presente para as crianças. Então ele entende o desprezo como um chamado.

Dez e quinze da noite a criança chamada de Rafael, vai até a árvore de natal e começa a brincar com as bolinhas de natal, nela refletia a sua imagem, fazia careta, colocava as mãos atrás das orelhas e as abanava, deu um tchau para o seu reflexo e se espantou com o seu reflexo dando um grito.

A mãe quis saber o que tinha acontecido. Ele disse que viu uma imagem dando tchau para ele e oferecendo um presente. A mãe sorriu dizendo que estava apenas ansioso pelos presentes. Ela se vira e vai para a mesa para pegar um copo de refrigerante. Rafael dá outro grito. O pai corre e pergunta o que estava acontecendo e ele responde que um olho se mexeu naquela bolinha de Natal. O pai pega a bola e mostra que era o próprio olho dele refletido e assim afasta o filho da árvore.

Mariem comenta com o marido que não estava entendendo o comportamento do filho. Thiago fala para a esposa que o menino estava na idade de fantasiar. Dona Solange diz ao filho que ele também fantasiava nessa idade, mas que não foi o escolhido. Thiago pergunta por que ele não foi escolhido. A mãe responde que ele não foi o escolhido para viver eternamente. Thiago pede a mãe para parar de beber pois o álcool já havia passado para a cabeça. Dona Solange disse o que naquela noite teria um presente muito especial para o Papai Noel, dessa vez ele não falharia.

Rafael deixa o carrinho que estava brincando e vai até a árvore e começa a conversar com ela. A mãe diz que Papai Noel não chega pela árvore de natal e sim pela chaminé.

Rafael diz que tem um homem dentro da árvore e diz ter deixado um presente dentro da fornalha para ele e só quem poderia pegar seria a mãe dele.

Mariem se recusa a ir buscar o presente, mas é convencida pela sogra a agradar o filho.

Mariem aceita e leva o filho até a fornalha, lugar onde se passava os animais de grande porte para assar.

Mariem enfia a cabeça no forno e diz não ver nada, o filho pede para ela entrar mais um pouco, ela diz ver alguma coisa, mas não alcança o objeto. Ele pede para entrar mais e sorrindo fala com o filho que conseguiu alcançar o objeto.

Mariem é puxada totalmente para dentro do forno e grita para o filho correr, mas ao invés disso, ele fecha e passa a trava por fora.

Mariem consegue se virar de frente para o filho e pede para ele abrir a porta do forno. 

Ele sorri para a mãe com um olhar maligno e diz não. Liga o botão do gás e a mãe tosse e chora pedindo para o filho não fazer aquilo, ele balança a cabeça dizendo que faria sim.

E assim ele liga a fornalha, a mãe desmaia com o cheiro do gás. Rafael volta para a sala como se nada tivesse acontecido.

O pai pergunta pela Mariem e ele diz ter deixado a mãe na fornalha, como Mariem não voltava, Thiago pede    licença e vai até o local. Chama pela esposa e ela não responde. Pressiona a porta, a fechadura estava quebrada. Ele arromba a porta dando diversos pontapés. Ao conseguir entrar, chama pela esposa e ao sentir a quentura do local, percebe que a fornalha estava acesa.

Thiago fica chocado ao se deparar com a esposa dentro do forno assada e de boca aberta, com olhos arregalados, com cara de desespero.

Thiago tenta desesperadamente tirar a esposa chorando, tentando descobrir quem havia feito isso. 

Ele pega a mangueira de água, mas é golpeado com um porrete e desmaia.

Rafael atende a porta de casa, eram os seus avós maternos e eles notam que a criança estava estranha, inquieta e com um taco na mão.  Petrolino, seu avô, perguntou o que ele fazia com aquele taco. Ele responde que pegou emprestado com o pai, que havia acabado de matar um porco.

Os avôs eram muito religiosos, fizeram o sinal da cruz e se afastaram.

Sua tia Creuza madou que todos se sentassem à mesa, pois a refeição já seria servida.

Dona Solange chega com uma garrafa na mão e enche os copos dos convidados, não se sabe bem o que havia naquela garrafa, mas deixou toda a família com a percepção perdida e sugestionáveis.

Thiago entra na cozinha levando a comida e com ele estava aquele senhor que Mariem havia dado de comer. Os dois colocaram a comida sobre a mesa e o Rafael tirou o pano que cobria a refeição.

Solange começou a fatiar a carne de Mariem que estava sendo servida em fatia como um chester para a família.

Rafael, sentado à cabeceira da mesa, levanta o seu prato para ser o primeiro a ser servido e assim, todos comem a carne.

Num estalar de dedos, Shaycon, o espírito negro do natal convida todos os seres do mal que vivem no pinheiro para comerem.

Shaycon se apresenta a Rafael como seu pai, único pai pra vida toda e assim o chama para ir com ele, para o pinheiro.

Rafael pede para esperar um pouco pois tinha que desligar o celular que gravava tudo, mas Shaycon não dá tempo ao menino e vão para dentro do Pinheiro, onde existe um lugar que ainda não tinha sido descoberto. O Yogapa, o lugar mais frio e infernal do mundo e apenas Shaycon e seus escolhidos sobrevivem.

Aquele que achasse essa filmagem e divulgasse, teria o seu natal destruído pelos seguidores de Shaycon.

Três dias depois a polícia bate à porta dos Duartes e como ninguém atendeu, eles entraram e se depararam com restos mortais espalhados e os cachorros estavam empalados na parede atrás da casa.



Creepy Metal Show

É apresentado por Sérgio Pires, com a proposta de mesclar heavy metal, contos de terror, literatura fantástica e curiosidades do mundo do rock n’ Roll.

O Programa conta com a colaboração de diversos escritores e seus contos de terror são lidos durante o programa, além da colaboração de outros Putzgrilicos nos em quadros como Arquivos do medo, e também tem dicas das séries e filmes do gênero.

Sextas feiras às 20h 

E-mail: creepymetalshow@gmail.com 

https://www.instagram.com/creepymetalshow/ 

https://www.facebook.com/creepymetalshow 




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