Siga o exemplo deles – Essa comunidade que cresce rapidamente já tem mais de 140 milhões de usuários mensais, que consomem conteúdos variados, ao vivo e de forma interconectada. Lives e lançamentos ali, como mostrou o exemplo do Fortnite, são sucesso de audiência garantida.
Busque o status de afiliado – Quando você tiver maior relevância ali, e seus conteúdos atenderem aos critérios da Twitch, você poderá se tornar um afiliado. Assim, conseguirá monetizar na rede social. Como explica Wladimir Winter, diretor de parcerias e conteúdo da plataforma no Brasil, a monetização dos afiliados se dá através de inscrições pagas no perfil, bits (contribuições) que os espectadores fazem e uma cota de participação nos anúncios, similar à que ocorre no YouTube, por exemplo. Atualmente, os critérios para conseguir esse status são: “pelo menos 500 minutos totais de transmissão nos últimos 30 dias; pelo menos sete dias de transmissão exclusivos nos últimos 30 dias; uma média de três espectadores simultâneos ou mais ao longo de 30 dias; pelo menos 50 seguidores”.
Seja desprendido – Segundo Winter, saber interagir com pessoas em tempo real é uma vantagem: “O maior diferencial da Twitch é a nossa comunidade, e tudo se resume a ela. O streamer tem que saber lidar com uma plateia ao vivo, porque, quando você faz um streaming na Twitch, (atinge) milhões de pessoas reais que estão em busca de conteúdo a qualquer momento do dia.” Cris Falcão, da Ingrooves Music Group, promoveu recentemente na Twitch o “Ingrooves Brazil Day”, ação que lançou cinco artistas independentes para a audiência global da plataforma. Ela faz eco com Winter: “O artista precisa entender a lógica da Twitch para conseguir atrair a audiência dos fãs. Por ser uma plataforma que trabalha com conteúdo ao vivo, e por um prazo contínuo, o artista precisa saber interagir. Ele pode mostrar seu trabalho, contar histórias de bastidores, cozinhar, falar sobre uma série, um filme, suas preferências. Isso vai aproximá-lo da sua rede de fãs e gerar engajamento”, explica.
Aposte em conteúdos diferentes – Como o YouTube do início, a Twitch ainda é uma espécie de canal de TV particular de cada usuário, no qual ele tem a chance de mostrar o melhor de si, seu lado mais criativo. Crie apresentações ao vivo que agreguem algo à imensa geleia geral de produção em redes sociais, com milhões de vídeos publicados todos os dias. Exemplos? Uma sessão de karaokê que busque a participação dos jogadores/usuários ou noites temáticas dedicadas a filmes, games ou músicas de uma determinada década. Com maiores audiência e engajamento, você poderá conseguir o status de afiliado — e monetizar.
Com uma equipe de parcerias e conteúdos trabalhando junto com Winter, a Twitch diz buscar novos caminhos para os artistas independentes da música. O segmento musical deve crescer, e muito, ali nos próximos meses. Ou seja, quem já estiver dentro terá mais chances de participar da provável explosão. “Dirijo uma equipe que está sempre ligada em tudo o que está rolando no mercado”, ele diz, resumindo o perfil ideal de quem prospera ali: “O principal ponto é ter conteúdo para mostrar à comunidade. Lives tradicionais não são a única opção, então é importante que o criador tenha compromisso com o conteúdo.”
Direitos autorais
Propriedade da Amazon, a Twitch ainda não paga royalties pelo uso das canções. As grandes gravadoras nos Estados Unidos planejam mover uma ação coletiva cobrando os direitos fonomecânicos. No que toca à execução pública no Brasil, também não há pagamento ainda. O Ecad está em negociações preliminares com a Twitch e monitorando o avanço da plataforma no Brasil.
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