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Resenha Mississípi Delta Blues Festival 2019 Completa


Resenha Mississípi Delta Blues Festival Décima Segunda edição 2019



Parte 1:  Quinta 21/11/19

Tudo começou a acontecer naquele momento incrível que recebi a notícia da minha há querida Editora do Site de Notícias Imprensa do Rock Paula Alécio me informando que meu credenciamento foi a aprovado para o Mississípi Delta Blues Festival Décima segunda edição.

Nesse momento senti sim meus olhos marejarem e foi como se eu tivesse encontrado o Santo Graal a tanto tempo perdido, foi o resgaste foi o momento de cura foi a respostas que sanou todas as dúvidas, o momento que justificou desde que entrei nessa de ser redator, desde a primeira linha escrita, o ponto final de um texto, o clique do botão enviar e a aprovação e publicação de um texto, valeu a pena cada virgula!

Esse lance de escrever é mais forte que eu e eu me amarro em escrever eu adoro de paixão e entro em êxtase quando uma notícia é aprovada e publicada.

Sabe é um lance parecido com o uso de droga é prazeroso; esse lance de fazer parte de algo maior e contar uma história, deixar um registro, um legado, ir além das fronteiras do meu próprio pensamento e uma ligação com o coletivo inconsciente.

- Aff quanto asneira! Conta logo, sobre o festival resume e foca no é importante fica ai só falando de ti a besta! Como se alguém quisesse saber como tu se sente!

-Ok, ok posso só finalizar a parte que me toca?

-Está bem mas seja breve!

Eu ainda não conseguia acreditar que era verdade que meu acesso estava liberado para documentar, fazer a cobertura de um dos eventos mais importantes se não o mais importante da música na nossa região.
Por diversos motivos profissionais perdi a noite de abertura, mas mesmo assim eu tive que ir até lá a frente e verificar se realmente meu acesso estava liberado, tipo assim me belisca!

(Motivos: primeiro motivo tinha que trabalhar 4:30min da manhã na sexta e a Irmandade teve ensaio até a 1h da manhã e o Dé e a patrícia esqueceram a chave do estúdio, faz parte não fiquei chateado. Será??? ).
Confirmadíssimo Passaporte Liberado, pulseira no braço mas fui pra casa dormir que tinha que levantar cedo no outro dia proletário uma vez proletário sempre assim foi a quinta 21 de novembro de 2011 ainda que o Dé me deu uma carona pra casa.

Sexta 22/11/19 Descobrindo o Blues

Acordei as malditas 4:30min da matina como já se esperava de mim, fui pra labuta e fiz tudo que se espera que eu fizesse é mais ou menos o importante é que dei o meu melhor e etive presente.

Sai 15:30min da tarde uma garoa que virou num toró d’agua, ainda era muito cedo para ir para o pico então passei no estúdio buscar a caixa Meteoro para levar para o conserto, uma chuva sem piedade.

Ao sair da eletrônica e fiquei aguardando dar uma amenizada na chuva,  bem em frente uma casa de vários nomes, onde mulheres cobram para satisfazer desejos masculinos e fiquei observando até a chuva diminuir e me permitir seguir ao meu destino, a chuva acalmou se tornando uma garoa tão fraca que nem me molhei indo até a estação onde estava ocorrendo o evento.

E mesmo assim ainda era muito cedo, decidi comer uma torrada, também precisava colocar meu telefone para carregar só para variar, então tentava ler e dois malucos tomando vinho conversavam sem parar até que me liguei no assunto e o assunto era o festival de Blues e perguntei, que horas abria os portões:

Prontamente o Marcos Peta músico, baixista renomado de Caxias do Sul me disse 18:30min.
Então vejam senhores o festival começou ali Exatamente ali pra mim.

 Entrei em torno de 18:30 19h, para mim foi como Alice entrando pela toca do Coelho, mas estava mais pra Tchaina no Fantástico Universo o Blues.

Comecei curtindo o Srº Bob Stroger (USA) & The HeadCutters (SC), olha até ai com esse show de 50min já estava bem pago já podia ir embora.



Mas pensem numa estrutura tipo Rock in Rio do Blues, claro mantendo as devidas proporções de uma cidade do interior Gaúcho, sim uma das mais populosas do estado, Caxias do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. 

Localiza-se no nordeste do estado a uma altitude de 817 metros sobre o nível do mar, sendo a cidade mais importante da Serra Gaúcha; a segunda cidade gaúcha mais populosa, superada apenas pela capital Porto Alegre; e a 47º maior cidade Brasileira.  Área: 1.644 km². População: 415.822 (2010) Organização das Nações. 

E com uma das maiores rendas e PIB do estado.

Imaginem seis palcos ao torno da área do evento, realmente eu estava em outro planeta!
1-Nola Stage
2-Flor de Lis Stage
3-Creole Moon Stage
4-Folk Stage
5-Missipi Stage
6-Cajun Stage
Acho que merecemos um destaque e um capitulo a parte mais adiante pra falarmos só dos palcos.


Resenha Mississípi Delta Blues Festival Décima Segunda edição 2019
Parte - 2 Sexta 22/11/19

As 20h da noite eu ainda estava perdido, recém acabado de assistir a primeira apresentação, não estava ligado na estrutura, nem nos palcos, quais eram e suas disposições no parque temático, dei uma passada no palco Flor Lis o Drº Marcos Petta estava lá encerando o show dele com Gisa Londero e Carta Blanca.

Eu ainda não tinha uma estratégia e método para saber onde e quando me localizar pra onde deveria ir, quais shows escolher, acabei circulando e cai no Cajun Stage uma espécie de praça de alimentação com comidas típicas do Mississípi e acabei curtindo a apresentação da dupla TNG Duo (RS) tocando um Country Clássico, um dueto na voz, com violino e violão, clássico dos clássicos.

Tire suas próprias conclusões:




Bom, mas country não é bem o que eu estava procurando no Festival do Blues e segui adiante andando sai circulando, e acabei chegando em torno de 20:20min no palco Nola Stage um dos dois palcos principais, maiores e reservados para os grandes espetáculos.

Espetáculo de palco coisa grande alto nível, quem estava no Palco era Gringo’s Washboard Band (PR) sensacionais representantes legítimos do Mississípi, com um front man, incrível conectando com o público a cada música super cativante.

Confira a abaixo:









Assim que acabou o show dos Gringos , fiquei ligado no Line UP e segui meu extinto que dizia vai assistir O Lucian Satan (PR), e fiquei surpreso com o que eu vi, um blues clássico a lá Robert Johnson, alto nível Blues cantando em português, um artista autentico, genuíno, espontânea, engraçado, engraçado é pouco Lucian é um dos Curitibanos mais divertidos que eu já conheci na minha vida.








 Bom nesse momento eu já havia sido transportado para um passado bem distante e remoto aonde os escravos negros, recém libertos dos EUA, ainda estavam adaptando as canções cantadas nas lavoras de algodão, das construções de linhas ferroviárias para o violão, soltando a alma pela garganta meu corpo estava ali mas minha mente estava bem distante em outra época.
Continua...

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Resenha Mississipi Delta Blues Festival Décima Segunda edição 2019
Parte - 3 Sexta 22/11/19

Bom quando voltei a realidade olhei no relógio eram 22h horas e alguns quebrados então ainda tinha que decidir qual seria próximo show optei por dar uma circulada me ambientar, entender qual era qual palco e entender o programa impresso com os horários de cada show em cada palco e tentar definir meu roteiro e shows a assistir.

Enquanto isso dei um tempo na Try Out Pop UP Marketing, que estava com o estande da Espirito Santo Roupas Masculinas Sociais, Casuais e Trajes, criando uma experiência bem bacana e oferecendo carregadores de celular que diga - se de passagem salvou este projeto e também uma experiência imersiva nos blues através de um site criado na Wix que permitia conhecer mais sobre diversos artistas do gênero.

-Legal passa o link para gente!  Salvou o link né?

-É não.

Bom o que importa mesmo é que consegui carregar a bateria do meu, celular dei um tempo no local consegui estudar o mapa do ambiente entendi a disposição de cada palco, e aí já   estava com a estratégia montada para ir à luta, colei no então colei no Mississipi Stage ou seja no Bar Mississipi Delta Blues, assisti o Show da Mandrake e bota Show nisso!!.

Eu já esperava por esse show desde o dia que eles deram uma entrevista para a gente no estúdio dá um search lá no canal da sub e curte a entrevista dos caras.

A Mandrake Funk Show retornou ao palco as 22:40min para seu segundo bloco de show.



Então saindo do Bar ainda sem saber onde iria acabei sendo atraído para o Nola Stage com a Música do Srº Big Dez (FRA) & Álamo Leal (RJ), infelizmente peguei só o finalzinho do show, mas mesmo assim valeu  muitíssimo  a pena.



Eram 23h eu me programei para ver conhecer Albert Jones (UK), Poxa vida Blues do Reino Unido e quem perderia isso?

Resumindo a ópera me fui ao palco Folk Stage Albert Jones é um artista muito simpático e carismático usando uma camiseta da Banda Caxiense, Não Alimente os Animais achei o máximo. Porém eu não me identifique muito com a sonoridade um tanto POP mas prestigiei e segui em frente.






To Be Continued – Continua….

Resenha Mississipi Delta Blues Festival Décima Segunda edição 2019
Parte -4 Sexta 22/11/19

Fui parar no palco Creole Moon Stage e quero registrar aqui antes de me esquecer que esse era meu palco favorito talvez pela simplicidade e a conexão com o Blues na origem, talvez o nome não sei; Ale Ravanello Blues Combo (RS), um baita show incrível, divertido com uma intervenção muito legal, remetendo aos primórdios do Blues quebrando pedras e cantando o um blues com originalidade, elegância um charme único e conectividade com o público da um confere pra ver se você consegue entender o que eu digo.





A partir daqui eu já estava mais para lá do que para cá e já havia começado a sentir o cansaço passava da meia noite decidi assistir a minha última apresentação daquela noite, Chris Gill (MS/USA) & THC Kitchen (SC) no Cajun Stage e foi magnifico por ali naquele momento de conexão entre almas, reunidas em torno do simbolismo, quase um culto, não lembrei do cansaço das dores e só absorvi a imensa alegria transmitida através da musica.


Realmente eu viajei para outro lugar um Show incrível com a participação de Keni Jones, fantástico!


Resumindo minha noite de sexta assisti mais ou menos uns nove 9 shows de incríveis e isso Justifica o valor do ingresso pois é uma passagem um passaporte para mundo mágico e fantástico, assisti um desfile clássico de Mardi Grass, um workshop sobre blues.

Mardi Gras é francês para "Terça-feira Gorda", refletindo a prática da última noite de comer alimentos ricos e gordurosos antes do jejum ritual da estação quaresmal.

Infelizmente não assisti nenhum show no palco Flor de Lis Stage por questões do acaso mesmo, espero mudar isso na minha segunda noite no sábado, um palco dedicado a celebrar as mulheres como perder isso?

Sábado 23/09/19

Estou no estúdio trabalhando atendendo o pessoal que ensaia e escrevendo este texto que olhando a programação de hoje e traçando as linhas definindo os shows que quero ver.

Novamente acabei ficando mais tempo que o Previsto no Estúdio, atendendo os clientes, cheguei em torno de 20h, 20:30min, assisti mais uma vez o ao Shows do Bob Singer.

É o clima era outro, tanto o clima tempo como, o clima experiência sentimentos, claro eu ainda me sentia um calouro na minha primeira cobertura, tantos outros veículos de comunicação com câmeras que mais pareciam Megazorts, ou sei lá Transformers em relação as minhas duas pequeninas maquinas.

Além de claro estarem presentes veículos como ZH, Pioneiro, Correio do Povo, Bitcom e sei lá amais quem.
Fotógrafos renomados como o Portus do Pioneiro, me senti pequenos em alguns momentos mas não deixei isso interferir no meu objetivo documentar o melhor possível o evento.

E apesar da Garoa e da chuva da noite anterior não estarem mais presentes no evento, dando espaço para os outros convidados:  o tempo seco, céu limpo, vento e um frio de lascar!

Eu sentia um cansaço e diferente da Sexta feira que a circulação pelo parque e acesso aos shows estava fácil, não tínhamos espaço para chegar perto do palco, o Festival estava completamente lotado ou devo dizer super lotado?

Fiquei para o Show do Lucian Satan, a quem escuto  enquanto redijo este artigo, um artista sensacional espontâneo e divertido.








Registrei completo seu show do Lucian Satan no palco Folk Stage, e queria ficar mais fui derrotado pela dor física do corpo, frio e fome.

O que fica para mim de mais marcante que uma música que se originou entre os negros, escravos africanos, não tenha se popularizado tanto e se elitizou de certa forma, pois estamos em Caxias do Sul RS, numa cidade tipicamente de colonização italiana e europeia, onde as pessoas pagaram entre R$230,00, R$360,00 reais numa noite.

Não acho que seja caro de forma alguma pelo número de apresentações até barato na verdade, pelo naipe (nível) dos artistas e apresentações realizadas.

Claro que o valor agregado os músicos contratados, intercâmbios, cachês, trabalho temporário, mas é trabalho, artistas locais trabalhando, turismo sendo atraído para a cidade enfim é ótimo!

O Blues dos Escravos a elite Brasileira algo assim é claro que qualquer um pode se programar e comprar com antecedência ou economizar durante 12 messes para comprar o ingresso.
Então até o Próximo pessoal!


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