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RIVAL SONS: FERAL ROOTS (2019 Resenha)


 RIVAL SONS: FERAL ROOTS (2019 Resenha)



 Bom para quem ainda não me conhece, nunca leu meus textos e redações, me chamo Anderson Severo, mas particularmente prefiro que me chamem de Tchaina, para quem é marinheiro de primeira viajem aqui seja bem-vindo ao meu mundo misto de fantasia e realidade horas mais fantasias, horas mais realidade!


Sempre pautado no universo da música, bem-vindos a bordo.

Aqueles que já conhecem minhas confabulações literária saudações fraternas aquele forte abraço!

Apertem os cintos que a viajem vai começar!

Bom tenho que começar o texto explicando que nunca tinha nem ouvido falar da banda Rival Sons “Filhos Rivais”, mas essa resenha faz parte do processo de Seleção para redatores da Roadie Metal, tarefa desenvolvida pelos responsáveis da linha editorial do site Anderson Frota e Leandro Vianna, conforme me explicou o Gleison Jrº Fundador da Roadie Metal.

Então pra mim é algo muito sério uma questão de honra, acima de gostos e preferencias musicais é um claro desafio proposto, para talvez ser distinguindo entre tantos outros redatores talentosos que participam do processo

E independente de passar ou não na seleção me sinto um felizardo por poder participar do processo!

-Ok, mas o que isso tem haver e a resenha Cara!

-Ta certo, Ta certo vamos ao que interessa!

Bom seguimos adiante agora com o album correto, e lembrem-se que vou transmitir as emoções de quem está conhecendo a banda ouuvindo pela primeira vez primeiro contato primeiras impressões.

Comecei a busca pelo Youtube, mas tive uma certa dificuldade de localizar o álbum completo, então parti para o Spotfy onde localizei facilmente o álbum.



 

Vou começar falando ou melhor “escrevendo”, sobre a capa do álbum, sinceramente eu sou um cara apaixonado pela parte gráfica de um projeto, acho que é o casamento perfeito é o retrato do disco é a mensagem que te faz escolher ouvir aquela banda antes mesmo de saber que ela existia.

É o que torna a música algo físico e colecionável eu sempre começo minhas resenhas pelas capas.
E digo que eu gostei da capa ela é sóbria e colorida, quase alucinógena, corajosa por usar animais em tempos modernos e sombrios do politicamente correto.
Gostei da Capa é bem artística e criativa sem demonstrar o conteúdo dentro da caixa.
 
Essa mescla entre o peso e a suavidade sonora se fez presente no trabalho de estúdio do grupo, em "Feral Roots" a sonoridade leve se sobrepôs ou não?
Essa é uma dúvida que vai me fazer escuta muitas e muitas vezes, para ter certeza sobre a densidade desse álbum.
O disco ganha destaque para os backing vocals, vocais de apoio feminino foram usados "Back in the woods", "Stood by me", "Imperial joy" e "Shooting stars", destaque para a última canção citada que remete à sonoridade de canções tocadas em cultos protestantes nos Estados Unidos, uma espécie de "louvor" do blues rock da banda.
A faixa possui uma capacidade tocante de arrepiar, mostrando a força do RIVAL SONS.
 
O som "setentista" da banda está presente, com seu hard rock bem influenciado por bandas da década de 1970 com elementos que trazem numa brisa suave lembranças de Led Zeppelin, Aerosmith entre outros do Classic Rock. 
As músicas de "Feral Roots" têm tudo que uma grande banda entrega aos montes, aos baldes e sem pensar muito, as composições são redondas, com dinâmicas que fluem naturalmente, pontes que levam linhas vocais já cativantes para momentos ainda mais incríveis, além de muitas outras qualidades.
 Trata-se de um álbum de gente grande, para dar ao mundo um disco absolutamente impressionante.

 

Feral Roots, faixa a faixa:

“Do You Worst” abre o CD com uma pegada extremamente pesada o riff principal, é impossível não mostrar a visceralidade dos componentes com um groove desconcertante e com um refrão feito sob medida para levantar estádios, é aquele rock-pronto para as rádios, com um refrão que poderia ser cantado pelos Foo Fighters, por exemplo.

“Sugar On The Bone” eleva o patamar por ser grudenta e pesada de uma forma moderna, sem soar como uma fórmula industrial perfeitamente escrita para o mercado, com uma veia dançante forte, mas com o pedal de fuzz ligado o tempo todo graças ao pesado e irresistível groove de "Sugar On The Bone", o ouvinte é surpreendido pela sensação de que o álbum vai mudar de rumo novamente, as vozes de fundo compõem quase um elemento estético da faixa, ao soarem sempre próximas da guitarra. É, definitivamente, uma faixa mais direta, quase abrindo uma tendência expressa no trabalho.

Em seguida, a paulada “Back In The Woods” evidencia aquilo que já se percebia nas outras faixas: o grande destaque do início do álbum é o baterista Mike Miley. O músico não comanda só a introdução, com um solo no maior estilo John Bonham, como a faixa toda, numa pegada grosseiramente irresistível.

As vozes femininas em estilo soul ao fundo dão a fluidez necessária para o refrão. Na prática, temos os músicos no auge demonstrando o quanto a banda está à frente da grande maioria do rock atual - é o caso da explosão musical de "Back in the Woods", mostra o vigor que tanto faz falta no rock contemporâneo.

A terceira do álbum lembra da uma reforçada na ideia de stoner rock. É uma misturança de estilos, metal, hard rock e blues. Uma desconstrução de gêneros gera definitivamente uma singularidade que prende ouvinte, me fazendo bater cabeça no primeiro acorde soado da canção.

A bateria é o fio condutor da música, além de modificar as levadas de ritmo de forma totalmente absurda e natural. 

 
 

 “Look Away” é a primeira música mais experimental a pintar no álbum. A introdução, com violões e tambores, descamba para um hard rock de guitarras pesadas.  As mudanças de andamento me surpreenderam, no mínimo umas três vezes. Eu achei que você ser uma música cigana me enganaram.

São incríveis mudanças ao decorrer de seus 5'19" de duração. Definitivamente   é a demonstração de talento e a qualidade individual dos músicos são fundamentos capazes de fazer com que uma banda consiga realmente "reinventar a roda".

A faixa-título traz um momento de calmaria ao disco assume uma pegada um tanto Folk, mas se exibindo em um lado quase épico nos solos tanto. O destaque para a bateria também é a capacidade Mike Miley desaparecer, e do nada ressurgir sendo o epicentro da música.

 “Too Bad” a banda se utiliza muito bem da sujeira das distorções, aliados com uma melodia marcante e uma interpretação mais do que incrível Jay Buchanan.

Estabelece uma pegada mais próxima de um rock tradicional. Não apenas na levada, mas também na progressão musical. Há uma clara lembrança a distante de grupos como Aerosmith.

 

Com “Stood by me” continua em uma mesma carregada, trazendo novamente os vocais de fundo quase de coral. Claramente, é possível observar como o blues clássico está presente aqui, desde as vozes até o baixo sempre presente. “Stood By Me” transita por estilos como o funk e a soul music. Groove e bom gosto harmônico.

“Imperial Joy” também investe em uma veia soul, só que com andamento ligeiramente mais cadenciado. Eu me empolguei na com a guitarra na introdução e acho que ela se perde no restante da execução a partir dos 0’37. ” E na metade da música ela ressuscita buscando a novamente, resgatando a pegada de abertura. Achei também que os backing vocals ou a vocalização não ajudaram muito nessa música, trazendo um clima religioso demais um elemento não que fosse desnecessário, mas utilizado em excesso, talvez se tivesse utilizado só em alguns momentos específicos teria ficado menos evidenciado que o vocal do Jay Buchanan.

 “All Directions”, se divide em dois momentos: a primeira metade adota uma postura pop quase tediosa e comum, daquelas músicas bem pensadas, bem elaboradas para tocar em rádios sabem dos que estou falando certo?

A segunda parte exatamente na metade da música ela cresce e impressiona por uma mudança inusitada e surpreendente mudando toda a dinâmica quase como uma revelação divina.

Num prenuncio do fim, a soturna “End Of Forever” soa contemporânea sobretudo parece ser um contraponto um retorno ao hard rock da atualidade, sempre com características próprias.

Aqui os coros perdem para os gritos do vocal principal e de uma guitarra se destaca veemente. 

O fim é com “Shooting Stars”, utilizando claramente a ideia de coro e bem gospel americano.

A progressão musical é extremamente conectada, o uso de violões até o crescimento com os instrumentos mais elétricos.

Definitivamente, é um dos destaques “Shooting Stars” fecha o disco perfeitamente bem de uma forma tão singular. Detalhe: a interpretação de Jay Buchanan emociona até as mais pessoas como eu que não conheciam a Banda.

Feral Roots, ainda que já tenha sido lançado a um ano, já entra na fila dos grandes álbuns da história do Rock.

 

Faixas:

Feral Roots foi gravado por:

Jay Buchanan (vocal, violão)
Scott Holiday (guitarra, violão)
Dave Beste (baixo)
Mike Miley (bateria)

Músicos adicionais:

Todd Ogren (teclados)
Dave Cobb (percussão adicional)
Kristen Rogers e Whitney Coleman (backing vocals)

Lição de Casa:

É Claro que depois de ouvir repetidamente e exuativamente as onze musica do albúm eu não poderia deixar de fazer a lição de cas básica que é conhecer a bansda, sua história, discografia e todo contexto e cenári que a mesma está inserida.

"Feral Roots" é inicia um novo capítulo na carreira da banda californiana. Depois de anos com a Earache Records, o grupo assinou com a Atlantic, liberando o seu primeiro trabalho por uma grande gravadora. Trabalhando com o produtor Dave Cobb (que assinou todos os seus discos e também álbuns de nomes como Chris Stapleton, Whiskey Myers e Europe, entre outros.

Nascido em 2008, o Rival Sons talvez seja uma das bandas mais unânimes do rock atual. Apesar do seu sucesso estar muito mais atrelado ao nicho do hard rock, o grupo consegue trazer uma pegada próxima ao estilo de nomes como Led Zeppelin e Rolling Stones, porém buscando uma sonoridade atualizada – utilizando-se até de batidas próximas ao hip-hop.

Resumo da história

Como é bom não ouvir sempre as mesmas bandas, as mesmas músicas e nem repetir as mesmas fórmulas para que o rock permaneça vivo. Rival Sons é a é pra mim uma centelha de esperança a oportunidade de acompanhar de perto o nascimento e o desenvolvimento de uma banda que com certeza irá se tornar uma lenda, um ícone e uma das grandes referências do estilo daqui há alguns anos. É óbvio que  o rock se mantém vivo graças a sua tradição e aos bons e velhos clichês: ótimos riffs, baixo e bateria firmes “the kitchen” e aquele vocal que faz a terra tremer com agudos, graves, scream ou seus guturais em fim. Se fizer parte desse cenário pode estar destinado a mudar as concepções para deixar um legado para muitas e muitas gerações. Sempre foi assim e é assim a história. E parece que o Rival Sons está inserido neste contexto.


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