A banda gaúcha acaba de lançar seu segundo disco nas plataformas digitais pelo 180 Selo Fonográfico.
O álbum foi gravado antes da pandemia, no verão de 2019, e finalizado em 2020, por meio de financiamento coletivo, com produção de Thomas Dreher (Cachorro Grande, Ultramen, Júpiter Maçã e Graforréia Xilarmônica).
"Feliz Ano Ruim" é repleto de ambiguidades. O humor marca presença, principalmente em canções como “Coração da Colônia” e “Vê Se Me Erra, BB”. A primeira, um idílio romântico; a segunda, uma crônica sobre conturbados fins de relacionamento. Em “Inferno Astral” e “Ritmo do Algoritmo”, nem mesmo a temática sombria excluiu a graça e a capacidade de rir de si mesmo.
No álbum, há espaço também para a política, tema central de “Surreal Oficial”. “Será que todo mundo enlouqueceu? Será que foi o mundo ou fui eu?”, pergunta-se o eu da canção. O mesmo “eu”, tão presente na música pop, ganha feições macabras em “E Eu, E Eu”, krautrock que situa o indivíduo no seu lugar de privilégio e impotência.
O disco sucessor de “Baby Budas no Jardim de Infância” (2017) é um registro afetivo de um mundo que míngua: um gênero, o rock, e um modelo, a canção. O jingle “Compre Nosso CD”, brinca com isso - quem, afinal, ainda compra CDs? - e declara: “um disco por quatro jovens tristes que querem fazer você feliz”. Ainda que verdadeira, a frase não está completa. O ideal seria: “um disco que fez quatro jovens tristes um pouco mais felizes”. Eis o canto de "Feliz Ano Ruim".
FELIZ ANO RUIM [2021]
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