Música antecede o terceiro álbum da banda que será lançado dia 12 de Março.
O Elevador por Romero Dominguez (da esq p dir - Thalison, Thiago, Alexandre, Gustavo) |
A banda O Elevador, baseada em Itajaí (SC), está nos preparativos finais do seu terceiro álbum, intitulado Nada Para Num Instante, sucessor de A Fuga do Albatroz no Mundo das Máquinas Loucas (2017) e Fantasia (2018). Enquanto isso, lança No Espaço em Vão, single que revela o universo psicodélico sessentista do disco. Ouça aqui.
A faixa surgiu quando o guitarrista Thiago de Paula se viu sozinho onde, a princípio, seria um local no qual a banda montaria um estúdio para produzir o novo álbum, no entanto, veio a pandemia e adiou os planos do grupo, que também conta com Alexandre Schafaschek (bateria), Gustavo Barbosa (voz e guitarra) e Thalison Moschetta (baixo). “Ao longo do ano, raramente nos reunimos, porém eu fiquei os primeiros meses da pandemia morando nesse home studio e foi lá que produzi a base da maioria das músicas do álbum, inclusive de No Espaço em Vão”, conta Thiago. “A ideia da melodia e arranjos surgiu depois que assisti a um minidocumentário chamado ‘The Band Everyone Thought Was The Beatles’, que falava sobre os Klaatu, uma banda dos anos 70 muito pouco conhecida, cujo o primeiro álbum se especulava na época que era um álbum dos Beatles gravado em segredo, sob pseudônimo.
A partir da inspiração, busquei criar novos arranjos e melodias e com isso pronto gravei as primeiras linhas de guitarra, violão, teclado e controladores, preenchendo a música com referências mais atuais de timbres e ritmos”, continua.
Capa do single No Espaço em Vão |
Quanto à letra de No Espaço em Vão, Thiago comenta: “Lembro que quando eu escrevi a letra da faixa estava me sentindo cotidianamente ansioso e um pouco mais pessimista com toda a situação de pandemia e conflitos pessoais. E, em meio a tudo isso, as palavras vieram de forma bem natural: falo sobre estar tarde, o tempo estar passando e eu estar cansado. No começo dos versos cito as fases do dia: ‘tarde’, ‘noite’ e ‘manhã’ e a relação delas com a luz, tarde - o cansaço do fardo, noite - a escuridão, tudo ser esquecido e fugir do controle, e manhã - que é o renascimento dessa luz, que surge ‘em meio ao caos e à confusão’, ‘em meio aos fantasmas’. Mesmo que tenha um significado específico pra mim, espero que cada pessoa que ouvir a música se impacte ou compreenda a letra de acordo com suas percepções e sensibilidade, assim como foi para cada integrante da banda, o que ainda colaborou com inspirações para a finalização da faixa”.
O álbum Nada Para Num Instante foi contemplado pelo edital emergencial Aldir Blanc da Fundação Cultural de Itajaí.
FICHA TÉCNICA
Alexandre Schafaschek: bateria
Gustavo Barbosa: voz
Thalison Moschetta: baixo
Thiago de Paula: guitarra, violão, teclado, órgão, controladores e percussão
Mixagem e masterização: Thiago de Paula
Letra de Thiago de Paula
Capa: Bill
LETRA
Está tão tarde eu sei
esqueci de começar
e de lembrar que andei
mesmo sem aguentar
toda a luz que cai
toda a luz que vai
pra onde eu não sei
escorrendo pelo chão
e sumindo devagar
em lentos frames, na escuridão
já é noite eu sei
já estou sem ar
e a vida que eu levei
meu medo é ela flutuar
no espaço em vão
no espaço em vão
no espaço em vão
em meio a ilusão
do voltar atrás
toda luz que cai
toda luz que ao nascer
em meio ao caos e a confusão
em meio aos fantasmas
em toda a direção
já é manhã eu sei
vamos ver o sol nascer
vem comigo me mostrar
pois contigo mergulhei
nas madrugadas
LINKS
SOBRE O ELEVADOR
Em 2014, dois amigos de longa data Thiago de Paula (guitarra) e Gustavo Barbosa (voz e guitarra) se mudaram do interior do Mato Grosso para Itajaí, em Santa Catarina. Na faculdade conheceram Thalison Moschetta (baixo) e Alexandre Schafaschek (bateria), ambos vindo do interior de Santa Catarina, e após passar o ano de 2015 fazendo alguns ensaios e jams, O Elevador se tornou oficial em 2016, quando começou a fazer shows na região, inclusive no importante festival da região, Não Vai Ter Coca.
Desde então, a banda lançou A Fuga do Albatroz no Mundo das Máquinas Loucas (2017) e Fantasia (2018), e já se apresentou diversas vezes em Itajaí, Florianópolis, Blumenau, Balneário Camboriú, Brusque, Joinville, Curitiba e demais cidades da região, dividindo palco com nomes nacionais (Bike, Yma, Oruã, Dom Pescoço, Trombone de Frutas, Catavento, Goldenloki, Supervão) e internacionais (Samsara Blues Experiment, Mélange de Culture).
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