Dado Villa-Lobos chamou de “bizarra” e “estranha” a apreensão de 91 itens da banda Legião Urbana realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Dado foi guitarrista da banda ao lado do vocalista Renato Russo, baterista Marcelo Bonfá e o baixista Renato Rocha (morto em 2015).
A polícia deflagrou a operação, batizada de Tempo Perdido, quando apreendeu todo o material em um depósito no bairro do Cordovil, na zona norte do Rio, utilizado pela gravadora Universal Music. A gravadora é detentora dos direitos dos fonogramas.
O músico está em Lisboa e disse que as fitas não são apenas de Renato Russo, mas da Legião Urbana, da qual também fez parte Marcelo Bonfá e Renato Rocha, que faleceu há seis anos. “Não é Renato Russo, é Legião Urbana”, diz Dado. “Isso me pertence, pertence ao Bonfá e ao Renato [Rocha].”
O material apreendido – composto por fitas cassete, fitas master e CDs – será entregue a Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo e herdeiro do músico. A assessoria de Giuliano informou que as fitas e CDs estariam extraviadas, sem que ninguém soubesse onde estava.
“O que aconteceu ontem foi que a polícia e a Justiça brasileira invadiram a propriedade privada de uma multinacional chamada Universal Music, uma das maiores do planeta”, diz o guitarrista. “Os discos, os fonogramas da Legião até [o disco de 1997] ‘Uma Outra Estação’ pertencem à companhia de discos, a Universal. E é claro que durante o processo de gravação tiveram sobras, coisas que a gente não usou e que ainda estão lá.”
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